foto # 16A > Ataque
assusta o tempo o presságio
De repente, desde o meio da rua, vejo o gato lá dentro da farmácia de dona Catarina, disseram, um pouco abaixo do largo dos Guimarães, na Alte. Alexandrino [hoje, um restaurante].
Ambiente marcante: as velhas prateleiras, o desgastado balcão cheio de espelhos, a sensação de que o tempo passou à revelia. E a senhora, solícita, a postos atrás do balcão.
E no primeiro plano, que bom!, um gato (aliás, uma velha tradição do comércio...), pachorrentamente deitado no meio do chão da velha farmácia. Tinha que ser rápido: não tinha nenhuma sardinha para o cachê!
Medi a luz geral, que era baixa (o que implicava em ser cuidadoso para não tremer), marquei o foco, e meio que invadi a farmácia, me abaixando, sorrindo para a dona Catarina, de olho no gato... Que, a essa altura dos movimentos, também estava de olhos bem abertos em mim.
Na foto, já se vê uma pata em movimento. Evidente que essa aproximação repentina foi tomada como um tipo qualquer de ataque, sua reação foi rápida...
Só peguei o susto. O gato, nunca mais vi...
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