foto # 27A > Sacrifícios
sofrimentos. E depois,
Hora do intervalo: um almoço árabe no largo do Machado me esperava e já passava das duas da tarde.
No caminho, um local, que sempre me atraiu o olhar, me pegou outra vez. Um prédio, numa curva radical da rua Júlio Ottoni, caminho da rua Alice, descida para Laranjeiras, um que é dividido por pilotis, ao nível da parte de cima da curva, em dois blocos. Entre eles se vê ao longe o Pão-de-Açúcar e a entrada da baía da Guanabara, como um painel pintado na parede do fundo da garagem...
Apesar da pressa (esta, sempre presente inimiga da perfeição), era uma foto imperdível. É também um bom exemplo de como as circunstâncias podem conspirar contra as melhores intenções...
Parei o carro meio atabalhoadamente, à frente de uma garagem. Chegou um morador, tive que voltar e mudar de lugar. O tempo passando, duas mulheres ali pertinho numa agitada e animada conversa de domingo. Eu procurando, impaciente, um primeiro plano que me servisse de base. Nada, a não ser, por sobre toda a mureta, aquela plantinha espinhenta, chamada (puxando por lembranças da infância...) “coroa-de-cristo”.
Então, que seja... Escolher um ramo florido, fazer a foto, sair rapidinho pra se livrar do blá-blá-blá... E se arrepender depois.
Depois... Depois é sempre fácil perceber que o contraste era muito forte. E que a atitude correta não seria aumentar a exposição, optando pela do primeiro plano, porque o fundo, é claro, iria “estourar”. A medida certa da luz era a do fundo e deveria, de algum modo, aumentar a luminosidade na plantinha, por rebatimento da luz do sol ou por um flash indireto ou suavizado, se eu estivesse usando um...
Mas a chance passou e a foto estava feita.
Mal feita...
Não se ganha sempre...
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